Deus denuncia um povo que mantinha o “culto” mas perdeu o coração: muita liturgia, pouca fé; muitos sacrifícios, pouca justiça (Is 1.10–15). O problema não era a forma, era o coração que não amava o próximo. Então vem o convite que muda tudo: “Vinde, e raciocinemos… ainda que os vossos pecados sejam como escarlate, se tornarão brancos como a neve” (Is 1.18). Deus mesmo remove o mal que não conseguimos tirar. Essa promessa se cumpre em Jesus, o Servo que derrama o sangue por nós. Ele nos limpa para novidade de vida: “aprendam a fazer o bem; busquem a justiça; defendam o oprimido; protejam o órfão; sustentem a viúva” (Is 1.17). ?
Zaqueu mostra o efeito dessa graça: primeiro Jesus o alcança, depois a vida muda (Lc 19.1–10). Não foi barganha religiosa; foi visitação de Cristo que gera arrependimento e fruto. O mesmo acontece conosco: o Senhor nos encontra, lava a culpa, dá novo coração e nos envia a praticar o bem que antes não podíamos. Ele remove o mal e faz o bem em nós — e então passamos a fazer o mesmo no mundo: honestidade nas finanças, reparação a quem lesamos, cuidado com os vulneráveis, culto que transborda em justiça. Graça não é atalho para fugir da ética; é poder para vivê-la. ?
Oração ?
Pai santo, reconhecemos que muitas vezes te honramos com os lábios enquanto nosso coração está longe. Lava-nos em Cristo, torna branco o que é escarlate e dá-nos um espírito novo. Que o nosso culto seja fé viva que transborda em justiça, misericórdia e humildade. Ensina-nos a buscar o direito, defender quem sofre e reparar o mal que fizemos. Em nome de Jesus, nosso Servo e Salvador. Amém.
Desafio de hoje ?
Pratique Isaías 1.17 de forma concreta:
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Repare algo que você deve a alguém (mensagem + ação).
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Apoie uma pessoa vulnerável (doação, visita ou ajuda prática).
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Ore por quem você costuma ignorar — e marque uma atitude para esta semana. ?️